Almofariz com pilão

Almofariz com pilão

Almofariz português do século XVIII, em bronze, provavelmente originário do antigo Hospital de D. Lopo de Almeida. O conjunto é completado por um pilão, ou mão, em ferro, utilizado para manipular, esfregar, esmagar ou golpear as substâncias no almofariz, de acordo com o pretendido. A sua utilização acompanhou a humanidade desde a antiguidade remota até aos nossos dias . Há artefactos arqueológicos que comprovam que começou a ser utilizado, pelo menos, desde o período neolítico. Primitivamente consistia num rolo sobre uma placa de pedra e eram utilizados para triturar e macerar plantas, sementes, grãos, raízes, minerais e substâncias de origem animal, de forma a tornar mais fácil a sua mistura, ingestão ou aplicação. Os materiais utilizados na sua execução variaram entre o chumbo, o ferro, o latão, o marfim, o ouro, o bronze, o estanho, a madeira, o mármore, o granito, a porcelana, o vidro, entre outros. O almofariz de bronze é, contudo, considerado o mais representativo da história da Farmácia. A sua origem remonta ao século X na Pérsia. No século XVI, já havia conhecimento que os almofarizes feitos em determinados metais, como por exemplo o bronze e o cobre, através da corrosão dos mesmos, ou de ação mecânica, podiam contaminar as substâncias maceradas. No século XVIII, na procura de uma alternativa, iniciou-se a produção de almofarizes em porcelana dura. Ainda assim, os almofarizes em ligas metálicas continuaram a ser produzidos até ao século XX, embora tivessem como finalidade principal a decoração. O almofariz e o pilão transformaram-se a partir do século XVIII, no símbolo da Farmácia. Apesar da enorme evolução técnica e científica ocorrida nas ciências farmacêuticas ao longo do seu percurso histórico, o almofariz manteve-se como instrumento para a execução de medicamentos manipulados.

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Especificações

Categoria
Farmácia
Cronologia
Século XVIII
Produções
Funções
Recipiente utilizado na preparação de medicamentos.
Materiais
Bronze, Ferro
Medidas
79,0 x 37,5 cm
Localização
Museu/ Botica do HSA
Incorporação
Depósito SCMP no HSA
Nº Inventário
F-001