Aparelho pilulador

Aparelho pilulador

O antecessor do comprimido foi a pílula, cuja designação advém do latim pila que significa bola, ou algo redondo. Até ao séc. XX, estas antigas formas farmacêuticas esféricas, com cerca de 5 mm de diâmetro, eram produzidas manualmente em instrumentos designados por piluladores. Para as produzir segundo este método, o medicamento era misturado com um espessante, de modo a formar uma massa homogénea, viscoelástica e moldável, que era enrolada com vista a obter o “magdalião” (rolo de massa para ser dividido em pílulas). Essa massa era posteriormente colocada nas ranhuras do pilulador e enrolada, de forma a obter um comprimento correspondente ao número de pilulas necessárias. O braço do pilulador era guiado para cortar a massa em porções. Com este aparelho pilulador, executado entre 1890 e 1930, era possível preparar em simultâneo 48 pílulas. Posteriormente eram os pedaços de massa colocados dentro de um esferonizador , imprimindo-se movimentos de rotação até que adquirissem a forma esférica. Um último procedimento, de caracter opcional, mas que tinha como objetivo contribuir para a conservação e facilitar o seu manuseamento, assim como conferir um melhor aspeto, relacionava-se com o “dourar a pílula”. Para tal colocavam-se as esferas num dourador com ouro em pó e sacudiam-se até adquirirem o aspeto desejado. Esta operação farmacêutica deu origem à sugestiva expressão “dourar a pílula”. Posteriormente foi substituído por um revestimento de açúcar de forma a retirar qualquer sabor amargo e facilitar a sua toma.

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Especificações

Categoria
Farmácia
Cronologia
1890 - 1930
Produções
Funções
Instrumento utilizado na execução manual de pílulas , nomeadamente na divisão em partes iguais da sua massa.
Materiais
Madeira, Bronze
Medidas
12,0 x 24,0 x 36,0 cm
Localização
Museu/ Farmácia do HJU
Incorporação
Hospital Joaquim Urbano
Nº Inventário
MCHP.2013.0545