Estojo de dentária

Estojo com sondas e brocas dentárias usadas no tratamento de canais da raiz dentária. Fabricado pela empresa alemã “J. Beutelrock”, entre 1899 e 1920 O estomatologista empregava uma broca para criar uma abertura no dente, de modo a aceder à polpa dentária e, em seguida, usava uma sonda para remover as bactérias e a polpa infetada. Isidor J. Beutelrock (1847-1914) foi uma figura determinante para a endodontia moderna (técnicas de preservação dentária). Em 1885, Beutelrock montou um consultório e um laboratório de Estomatologia em Munique. Acompanhando ativamente o progresso da profissão, rapidamente entendeu que era desejável preservar os dentes, evitando extrações. Como o instrumental radicular era rudimentar, desenvolveu inúmeros instrumentos, com destaque para as suas famosas brocas. Pela qualidade específica desta tipologia de instrumentos e percebendo a importância das propriedades dos diferentes metais, Beutelrock recorreu a ligas especiais que ele próprio melhorou com tratamentos térmicos, produzindo instrumentos com qualidades notáveis de flexibilidade e elasticidade. Conquistando rapidamente renome a nível internacional, em 1898 foi premiado nas exposições comerciais de Trieste, Omaha e Paris – conforme representações na parte superior da tampa do estojo. Posteriormente, a gama de instrumentos da “Beutelrock” foi continuamente aperfeiçoada e ampliada, sendo adquirida em 1945 pela empresa “ANTÆOS”, atual “VDW GmbH”. Constituíram-se como dois marcos importantes na evolução da endodontia o início do uso radiográfico ao nível do diagnóstico, na década de 30 do séc. XX; e a introdução de ligas especiais de níquel e titânio, na década de 80 do séc. XX, que permitiram o extraordinário desenvolvimento de instrumentos e de novas técnicas.