MUSEU CHPORTO - Centro Hospitalar Universitário do Porto

Os anticoagulantes são empregues para a obtenção de sangue total ou plasma, considerando que este não deve interferir na reação química, bem como não deve adicionar, ou remover, às amostras substâncias a serem doseadas. Não existe um anticoagulante ideal para todos os exames laboratoriais. Em geral, os anticoagulantes têm como principal papel a interrupção da ativação da coagulação, inibindo a formação da protrombina, impossibilitando a formação do coágulo. Dependendo do estudo a análise poderá ser realizada em sangue total (ex.: hemograma), plasma (ex.: glicose, provas de coagulação) e soro (ex.: bioquímicos e serológicos). O oxalato (sódio, potássio, amónia e lítio) tinha ação anticoagulante devido à formação de complexos insolúveis com o cálcio. A associação de potássio e amónia era usado na maioria das determinações hematológicas, permitindo pequena perda de água pela célula com discretas modificações da morfologia. A Heparina (muco polissacarídeo sulfatado) era o anticoagulante com menos interferência nas reações químicas, ativando a antitrombina III, que inibia a atividade de diversos fatores da coagulação, incluindo a trombina. Entre as desvantagens a enumerar destacam-se o seu custo elevado, a ação temporária (atividade anticoagulante por uma máximo de 8 horas) e a interferência com colorações hematológicas.