Frasco com folhas de Coca

Frasco com folhas de Coca

A designação coca refere-se às folhas de Erythroxylum coca da família Erythroxylaceae, com origem na região da cordilheira dos Andes (costa ocidental da América do Sul). Através de vestígios arqueológicos foi possível provar que em 2500 a.C. os habitantes do Equador e do Peru j á utilizavam as folhas de coca para consumo. A palavra coca deriva da língua aymara, falada pelos índios bolivianos, e significa planta ou árvore. Estes povos foram conquistados pelos Incas no século X. Entre os séculos XII e XIII, originaram-se diversos confrontos com vista ao monopólio da coca, o qual foi conseguido pelos Incas em 1315. Estas civilizações utilizavam a coca mastigando as folhas, que graças ao efeito sobre os centros respiratórios e ao aumento de catecolaminas, os ajudava a suportar melhor as longas caminhadas pela montanha. A coca também era utilizada como analgésico e para acalmar a fome. Em 1580, o médico e botânico espanhol Nicolás Monardes (1493-1588), descreveu a planta da coca pela primeira vez. Em 1750, o francês Joseph de Jussieu (1704-1779) enviou as primeiras plantas para a Europa. Mais tarde, em 1859, o químico alemão Albert Nieman (1834-1861) isolou um dos 14 alcaloides da coca, atribuindo-lhe o nome de cocaína. Por fim, em 1884, o oftalmologista austríaco Karl Koller (1857-1944) descobriu que, com o auxílio da cocaína, o olho humano perdia a sensibilidade à dor, estabelecendo as bases para a anestesia local. Os efeitos laterais dos anestésicos concebidos à base da cocaína levaram à sua substituição por outros produtos sem efeitos psicostimulantes.

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Especificações

Categoria
Farmácia
Cronologia
Século XX (1ª metade)
Produções
Serviços Farmacêuticos - Hospital Joaquim Urbano
Funções
Propriedades analgésicas, tónicas e estimulantes.
Materiais
Vidro, Papel
Medidas
25,5 x 11,4 cm
Localização
Museu/ Farmácia do HJU
Incorporação
Hospital Joaquim Urbano
Nº Inventário
MCHP.2013.0287