Lâmpada de câmara escura

Lâmpada Sollux Original, modelo de mesa “Tischlampe” nr. 23138, executada entre 1920 e 1930, pela empresa “Quarzlampen GmbH” fundada por Wilhelm Heraeus (1827-1904), químico e farmacêutico, em 1851 na cidade alemã de Hanau. Foi usada como iluminação de câmara escura apresentando por isso um filtro vermelho âmbar. A câmara escura era um local, vedado à entrada de luz externa, onde o filme radiográfico era manipulado. Devia possuir, além da lâmpada comum no teto, uma “iluminação de segurança”, distante no mínimo 1 metro do local de manuseio do filme radiográfico. A iluminação de segurança deveria apresentar uma luz incandescente vermelha. O objetivo desse tipo de iluminação era prover uma luz de determinada intensidade e comprimento de onda fora da faixa de sensibilidade do filme radiográfico. O filme não deveria ficar exposto a essa luz por mais de 60 segundos pois sofreria velamento progressivo (com acinzentamento da parte branca), prejudicando a sua qualidade. O número de lâmpadas necessárias variava de acordo com o tamanho da câmara escura, devendo a distância entre elas ser no mínimo de 3 metros. Estas lâmpadas foram também usadas para fins médicos com propósitos terapêuticos, como no tratamento de certas infeções cirúrgicas, de tuberculose pulmonar, acne e psoríase. Foram ainda indicadas no tratamento de patologias inflamatórias como otite, laringite, mastoidite, entre outras. Os seus filtros de vidro colorido, azul e vermelho, eram adicionados em conformidade com a intensidade e indicação pretendida.