Microscópio ótico monocular

Instrumento ótico executado entre 1930 e 1940 pela “Spencer Lens Company”, fundada em 1895 em Buffalo, Nova Iorque, e considerada a primeira empresa americana de microscópios. Instrumento utilizado para ampliar e observar estruturas pequenas dificilmente visíveis ou invisíveis a olho nu. O microscópio ótico utiliza luz visível e um sistema de lentes de vidro que ampliam a imagem das amostras. Os primeiros microscópios óticos datam de 1600, mas é incerto quem terá sido o autor do primeiro. A sua criação é atribuída a vários inventores: Zacharias Janssen (1580-1638), Galileo Galilei (1564-1642), entre outros. A invenção do microscópio abriu portas para o mundo antes invisível, e muito evoluiu desde os primeiros estudiosos que o utilizaram, como Anton van Leeuwenhoek (1632-1723), que muito contribuiu com as suas observações para a biologia celular e para o melhoramento e popularização deste instrumento; Athanasius Kircher (1601-1680) que observou o sangue de doentes com a peste negra e pioneiramente decreveu os “vermes” da peste; Robert Hooke (1635-1703), que identificou o que hoje conhecemos como parede celular vegetal; Marcello Malpighi (1628-1694), que se popularizou pelas suas investigações acerca da embriologia e da histologia e fisiologia das glândulas e vísceras; entre outros. O microscópio, associado a práticas experimentalistas, permitiu ultrapassar a fase em que a doença se atribuía ao invisível infinitamente grande (o transcendente), intangível pelo homem, radicando-se no infinitamente pequeno – o micro-organismo, invisível a olho nu. Permitiu assim desenvolver um outro olhar sobre a doença, criar novas formas de prevenção (higienização e vacinas) e de cura (antibióticos).