Micrótomo de congelação

Aparelho portátil utilizado na prática de Anatomia Patológica destinado à obtenção de cortes histológicos por congelação do material de biópsia para um diagnóstico rápido durante uma intervenção cirúrgica.
O micrótomo de congelamento foi inventado em 1881, e inicialmente usava-se gelo e sal para congelar as amostras. Em 1883 foram substituídos por um spray de éter. Enquanto a preservação química geralmente levava seis semanas, o congelamento por éter endurecia e preservava a estrutura numa questão de segundos.
A história dos micrótomos começou com o início dos microscópios de luz, verificando-se que, para observar a estrutura do espécime, era importante fazer cortes reprodutíveis limpos, na ordem de 100 µm, através dos quais a luz poderia ser transmitida. Inicialmente algumas secções foram inclusivamente preparadas manualmente usando lâminas de barbear. Como as exigências de preparação das amostras foram aumentando, foi necessário que os micrótomos evoluíssem. Um dos primeiros dispositivos para a preparação de tais cortes foi desenvolvido em 1770 por Alexander Cummings (1731/2-1814), numa parceria com o médico e botânico inglês John Hill (1714-1775).
Relativamente à invenção do micrótomo mecânico as fontes divergem entre o anatomista suíço Wilhelm His (1831-1904) em 1865; o médico alemão e pai da patologia moderna Rudolph Virchow (1821-1902) em 1866; entre outros.
No final do séc. XIX, o desenvolvimento de amostras muito finas por microtomia, juntamente com a coloração seletiva de importantes componentes celulares ou moléculas, permitiram a visualização de estruturas com enorme detalhe ao microscópio.
Normalmente, os micrótomos modernos permitem cortes extremamente finos e transparentes de uma espessura de 0,1 até 100 µm, sendo 1 micrómetro (μm) equivalente à milésima parte de 1 milímetro (mm).