Molde de hóstias

Molde datado de 1930, com 36 orifícios de diferentes dimensões, composto por três moldes sobreponíveis mediante charneiras . Utlizado para fabrico de hóstias medicamentosas que se destinavam a encerrar pós , e tinham como objetivo tornar tolerável o paladar dos medicamentos mais amargos, de forma a facilitar a sua toma. A invenção da hóstia medicamentosa, também denominada por ombreia ocorreu no século XIX. O seu aperfeiçoamento deveu-se ao farmacêutico francês Stanislas Limousin (1831-1887) em 1873, traduzindo-se na hóstia-cápsula . A hóstia consistia numa massa comestível feita à base de farinha de arroz, tapioca ou outra matéria amilácea e ainda, água, açúcar e glicerina. Para a sua produção, as hóstias eram colocadas nos orifícios do molde-base (do meio) e seus correspondentes do molde superior (de cobertura). Posteriormente, procedia-se ao preenchimento das hóstias com o pó, utilizando para o efeito um funil. Durante este processo e de forma a evitar que o pó se espalhasse nos bordos das hóstias, dobrava-se o molde de proteção sobre o molde-base. As hóstias variavam de tamanho de acordo com a dose recomendada, pelo que se fossem de tamanho reduzido comprimia-se o pó com recurso a um compressor de madeira ou dedal. De forma a humedecer os bordos das hóstias que se encontravam no molde superior, era utilizado um rolo previamente molhado. Por fim, levantava-se o molde de proteção e dobrava-se o molde superior, exercendo uma leve pressão no sentido de selar as hóstias.