“Pharmacopeia Geral para o Reino e Domínios de Portugal”

Este livro corresponde à primeira farmacopeia oficial portuguesa, redigida por Francisco Tavares, médico e físico mor do reino, em 1794, de acordo com o decretado pela rainha D. Maria I a 7 de janeiro desse ano. Tinha como propósito regularizar e uniformizar as composições e preparações dos remédios, sendo, até 1835, a única referência legal sobre o modo como se deveria praticar Farmácia no reino e domínios de Portugal. Antes desta farmacopeia existiram diversas outras não oficiais. A primeira farmacopeia portuguesa foi a “Pharmacopeia Lusitana”, editada em 1704, da autoria do boticário do Real Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, D. Caetano de Santo António . Mais tarde, em 1735, apareceu a “Pharmacopeia Tubalense Chimico-Galenica”, da autoria de Manuel Rodrigues Coelho, boticário da Corte. Seguiu-se a primeira farmacopeia a ser publicada na cidade do Porto, a ”Pharmacopea Portuense”, que data de 1766 e é da autoria do cirurgião António Portugal. Seis anos mais tarde, em 1772, foi publicada, também na cidade do Porto, a “Pharmacopea Dogmática Médico-Chimica e Theorico-Prática”, escrita pelo monge beneditino e também boticário administrador da botica do Mosteiro de Santo Tirso, João de Jesus Maria. A primeira farmacopeia oficial portuguesa foi substituída em 1835 pelo “Codigo Phamaceutico Lusitano”, da autoria de Agostinho Albano de Silveira Pinto, médico e diretor da Real Escola Cirúrgica do Porto e da Academia Real de Marinha e Comércio, que esteve em vigor até 1876. Seguiu-se uma nova farmacopeia oficial, a “Pharmacopêa Portugueza”, que esteve em vigor até 1935, altura em que foi substituída pela “Farmacopeia Portuguesa IV”. Posteriormente foram publicadas as 5ª, 6ª, 7ª e 8º edições, respetivamente em 1986, 1997, 2002 e 2005. Em 2008, foi publicada a 9ª edição da “Farmacopeia Portuguesa”, atualmente em vigor.