Tocógrafo

Aparelho inventado pelo químico e farmacologista suíço Ernst Rothlin (1888-1972) em 1941 e fabricado pela empresa “Jaquet”. O dispositivo registava as contrações uterinas antes e após o parto, à medida que eram transmitidas pela parede abdominal. O tocógrafo permitia controlar o efeito dos ocitócicos na frequência, duração e intensidade da dor. Os ocitócicos eram estimulantes uterinos usados para induzir o trabalho de parto, e impedir ou controlar a hemorragia pós-parto ou pós-aborto. O aparelho encontra-se equipado com um tambor, uma bandeja de madeira, um cinto, 3 pesos (50, 100 e 150 gr), tinta, papel, pipeta e agulha. O seu tambor era controlado por botão superior que ativava a rotação no sentido dos ponteiros do relógio, fazendo uma rotação em cerca de 2 horas, o que correspondia a um progresso de 3 mm por minuto. A haste no centro do tambor, era carregada com pesos removíveis, servia como sonda, e o seu movimento vertical, amplificado por meio de um mecanismo de alavanca, era transmitido ao gravador. O dispositivo, montado na bandeja, era colocado no abdómen e fixado com o cinto. Após o seu uso, recomendava-se a limpeza da agulha de escrita com aguardente vínica, para não deixar a tinta incrustar. Os dispositivos mecânicos para monitorizar as contrações externamente foram introduzidos em 1861, surgindo o primeiro tocógrafo manual em 1896 e o primeiro digital em 1952. Esta técnica externa tem a vantagem de não ser invasiva , bem como de se obter uma monitorização da frequência de contração mais precisa. Contudo, apresenta como desvantagens o facto do registo da duração e da intensidade da contração serem menos precisos, bem como a limitação da mobilidade da grávida.